sexta-feira, 17 de março de 2017

Quase metade dos pacientes com câncer tem a quimioterapia interrompida no estado do Rio

A interrupção do tratamento por desabastecimento acontece em 42% dos 19 hospitais que tratam câncer no Rio — na maioria deles, de forma contumaz. Essas unidades foram avaliadas, entre outubro e novembro do ano passado, pelo Conselho Regional de Medicina (Cremerj).

Os números da pesquisa refletem a dor de quem precisa lutar por um tratamento tão agressivo como a quimioterapia. E isso acontece com 46% dos pacientes com câncer que dependem do SUS no Rio.



Segundo a oncologista Sabrina Chagas, o benefício da quimioterapia curativa ocorre até oito a 12 semanas após a cirurgia para a maioria dos cânceres:

— Depois, perde-se a qualidade do tratamento. Não sabemos seu real benefício.

Para a diretora técnica do Hospital Mario Kröeff, na Penha, os problemas ocorrem por falhas no SUS, que dispõe de uma pequena oferta de alguns exames, trabalha com uma tabela para contratação de serviços com valores defasados há mais de 30 anos e submete os doentes a uma fila única.

FONTE: Jornal Extra